Autoridades prosseguem na execução do plano de matar bisões selvagens em Yellowstone

Guardas começaram a capturar bisões selvagens com armadilhas no Parque Nacional de Yellowstone (EUA). Desde o dia 20 de fevereiro, aproximadamente 150 dos últimos búfalos selvagens da América foram mortos. De acordo com funcionários do parque, todos estão destinados à morte.
“A matança dos bisões de Yellowstone carece de razões científicas, bem como de apoio público”, disse Stephany Seay, da organização Buffalo Field Campaign (BFC).
A Park Service afirma que está fazendo isso para reduzir a população de bisões selvagens devido à ameaça da doença “brucelose”, uma moléstia que ataca rebanhos de bovinos originalmente introduzida na América do Norte por animais levados da Eurásia até o continente. No entanto, segundo a reportagem do Native News Online, nunca houve sequer um caso documentado de bisão selvagem que tenha transmitido a doença a bovinos domésticos. Os alces, que também podem ser portadores da brucelose e já teriam transmitido a doença inúmeras vezes em Idaho, Montana, e Wyoming, estão livres para migrar de Yellowstone, embora também sejam mortos pela caça pontual sob o argumento de manter números “saudáveis” de população.
Darrell Geist, coordenador de habitat da BFC, disse que o estado de Montana e o Parque Nacional de Yellowstone se recusaram a fazer o manejo da população de búfalos como faz com os alces, uma alternativa que iria deixar o governo de fora da captura dos búfalos para propósitos de extermínio.

“Montana é abençoada com uma abundância de terras públicas, mas é amaldiçoada por um estatuto que insiste em lidar com o búfalo selvagem migratório como uma espécie selvagem”, disse Geist. “Poucas pessoas sabem que a matança é quase inteiramente patrocinada pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), ou seja, com financiamento público vindo do pagamento de impostos pelos contribuintes.
O Parque Yellowstone e a Interagency Bison Management Plan, em parceria, declararam que querem matar mais de 900 bisões selvagens só neste ano. Mais de quatrocentos já foram mortos por caçadores, em um processo que começou no ano passado conforme publicado recentemente pela ANDA. As agências pretendem exterminar milhares desses animais a cada ano até que a população se enquadre nos números desejados por elas – que são de 3.000 animais. Esse objetivo é resultado da pressão da indústria pecuária para lidar com os temores infundados da brucelose, e com a falsa premissa de que há um “excedente” na população de bisões.
Dan Brister, diretor executivo da BFC, questiona a política equivocada sob a qual estão operando os parceiros.
“Não existe algo como ‘excedente’ de bisões selvagens”, disse Brister. “Rebaixar a população desses animais em Yellowstone para 3 mil animais nada mais é que um número político, que não tem nada a ver com um gerenciamento sustentável”.

Pelo contrário, conforme explicam os especialistas, a captura dos bisões afetará negativamente a imunidade natural da população selvagem a doenças introduzidas, incluindo a brucelose, e aumenta o risco de surtos mais virulentos e persistentes. Impactos cumulativos dessas ações representam uma ameaça significativa à vida selvagem remanescente em Yellowstone.
Entretanto, sob o acordo entre o Interagency Bison Management Plan, o Parque de Yellowstone e outras agências de gerenciamento, o plano continua a operar sob falsas bases e informações ultrapassadas, em contradição aos princípios das instituições, que afirmam seguir sempre “a melhor ciência disponível para tomar decisões e informar o público”.
Redação| ANDA
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