Lama tóxica de Mariana pode chegar no Caribe, diz secretário
A lama tóxica que vazou após rompimento da barragem de mineração em Mariana (MG), em novembro passado, pode chegar ao Caribe, sugeriu hoje (25) o secretário de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, Jailson Bittencourt de Andrade, durante evento com a comunidade científica no Rio de Janeiro.
“Que não me escutem, mas acho que chegará [lama] no Caribe, pois se olharmos a termossalina [circulação oceânica gerada pela diferença de densidade das águas], ela se aproxima da costa brasileira, especialmente entre Porto Seguro e Ilhéus. E a termossalina sobe em uma direção, na superfície, mas volta para outra direção, que não é na superfície. Isso vai circular bastante. A questão é se haverá impacto ou não, e que impacto terá”, disse.
Bittencourt informou que amanhã (26) à tarde está marcada reunião no ministério com integrantes de Fundações de Amparo à Pesquisa e Inovação do Espírito Santo, de Minas Gerais, da Secretaria de Ciência e Tecnologia do Espírito Santo e da empresa Vale, entre outros órgãos, para tratar sobre o acidente em Mariana. “Vamos discutir e ver a possibilidade de se construir uma plataforma em relação a Mariana desde as represas até oceano profundo”, afirmou.
Ele apresentou nesta tarde, no auditório da Academia Brasileira de Ciências (ABC), centro da capital fluminense, a Proposta da Estratégia Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação 2016-2019.
No início do mês, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis anunciou que a mancha no oceano, que chegou à região sul da Bahia, e já atingiu o Parque Nacional Marinho dos Abrolhos, local com maior biodiversidade de corais do Atlântico, poderia ser oriunda da barragem de Mariana.
A empresa Samarco, responsável pelo rompimento de uma barragem de mineração em Mariana, alegou que não há qualquer comprovação técnica de que o material observado na região de Abrolhos seja proveniente do acidente na Barragem de Fundão.
O colapso da barragem de Fundão, no dia 5 de novembro, em Mariana, causou a morte de 17 pessoas, devastou municípios, prejudicou o abastecimento de água em dezenas de cidades, destruiu fauna flora do Rio Doce e continua causando estragos no oceano.
Da Redação|Bahia25Horas
Outras notícias

Mais progresso: Juazeiro recebe motoniveladora destinada pelo deputado Alex Santana em aniversário
18 de Julho de 2025

Em imersão com indígenas na Aldeia Multiétnica, consultora denuncia retrocesso ambiental proposto pelo PL da Devastação
16 de Julho de 2025

PL propõe Banco Municipal de Boas Práticas Educacionais em Salvador
16 de Julho de 2025

Usuários do Bolsa Família devem realizar acompanhamento nas unidades de saúde
11 de Julho de 2025

Leo Prates é destaque entre os “Cabeças do Congresso” e reforça força do trabalho coletivo
11 de Julho de 2025

Do amor à indecisão 09 de Março de 2018

TSE mantém multa contra campanha de Bolsonaro por fake news 21 de Junho de 2023

Advogado de Lula pede que juiz reconsidere acesso a sistema da Odebrecht 05 de Setembro de 2019

Especialista defende secretário de Cultura de Salvador e questiona fãs de Claudia Leitte sobre postura racista 18 de Dezembro de 2024
