Mãe de bebê com microcefalia reúne mulheres em ONG; 'projeto de vida'

"É um projeto de vida", diz Joana Passos, administradora de empresas, de 35 anos, que resolveu reunir mães que têm filhos com microcefalia, em Salvador. Joana é casada e mãe de duas meninas, uma de cinco anos e outra de nove meses. A mais nova, nasceu com microcefalia e foi a situação do bebê que a motivou a criar a ONG Abraço Microcefalia para ajudar outras pessoas desde o dia 2 abril deste ano. Cerca de 120 famílias estão cadastradas e 35 voluntários atuam no local, no bairro da Saúde, na capital baiana. O espaço funciona em uma área cedida pela Associação das Senhoras de Caridade.

No "Abraço Microcefalia" as mães participam de oficinas, encontros, palestras e as crianças têm atendimento de fonoaudiólogo, terapia ocupacional e fisioterapia uma vez por semana, o que complementa as sessões que as crianças já recebem do Sistema Único de Saúde (SUS). As mães também recebem leite, fraldas e brinquedos.

Os bebês das famílias que participam da ONG compõem a estatística da Bahia, o segundo estado com mais casos de microcefalia no país. Conforme boletim da Secretaria de Saúde da Bahia (sesab), divulgado no dia 18 de outubro, a Bahia registra 1.273 casos. O surto da microcefalia completou um ano em 2016. Os casos começaram a ser registrados entre setembro e outrubro de 2015.

De acordo com Joana, a reação após receber o diagnóstico da filha foi negativa, mas a situação mudou após refletir que outras pessoas estavam passando pela mesma situação.

"Quando recebi o diagnóstico, tive momentos de muita tristeza e questionamentos. Eu coloquei na cabeça que eu tinha que fazer algo para superar isso. Comecei a pesquisar a doença, e como estava a situação na cidade, no país, essas coisas. Eu pensei: 'preciso dar uma conotação positiva a isso'. Então pensei que a gente precisava pertencer a um grupo e dividir experiências", explicou Joana.

Joana está deixando o emprego para se dedicar somente à família e à ONG, um projeto que se dedicou junto com a família. "Comecei abordando as pessoas, conversando, e hoje a gente percebe algo mais sólido. O nome "abraço" é porque a gente dá e recebe troca de energias, além de que a gente sempre quer um abraço em momentos difíceis. Eu tinha a necessidade de fazer alguma coisa. O projeto me ajuda e me dá forças para lidar com a situação da minha filha", celebra.

 

Fonte: G1|Bahia

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