Temer sugere a Fachin que pare investigação sobre organização criminosa no PMDB
FOTO/REPRODUÇÃO
A defesa do presidente Michel Temer sugeriu ao ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), que volte atrás em sua decisão de enviar ao juiz federal Sérgio Moro as investigações por organização criminosa contra os ex-deputados Eduardo Cunha, Henrique Eduardo Alves, Geddel Vieira Lima e Rodrigo Rocha Loures, todos do PMDB.
Os ex-parlamentares foram denunciados junto com Temer e os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria Especial da Presidência) de integrarem uma organização criminosa do PMDB na Câmara, com objetivo de arrecadar propinas de empresas em troca de favorecimentos ilegais em órgãos públicos. A denúncia foi feita pelo ex-procurador-geral da República, Rodrigo Janot.
Após a Câmara ter votado por suspender a tramitação da denúncia contra Temer, Padilha e Moreira Franco, o ministro Fachin decidiu, no início deste mês, desmembrar o processo, enviando para a primeira instância as investigações contra os acusados sem foro privilegiado na Corte.
Para o advogado de Temer, Eduardo Carnelós, o desmembramento do processo é, no mínimo, inconveniente, pois a continuidade das investigações poderia atingir o presidente, que ficaria sem ter como se defender por não ser parte no processo em primeira instância.
Carnelós destacou que o crime de organização criminosa é "somente configurável por meio de condutas de quatro ou mais pessoas, com exigência de unidade de propósitos e estabilidade".
"Ora, permitir que tal imputação tenha sequência em relação a alguns dos denunciados, e permaneça suspensa em relação a outros (...) implica aceitar o risco de que, sem que estes últimos possam defender-se na eventual instrução criminal que venha a ser realizada, o julgamento dos fatos poderá atingir, irreversivelmente, aqueles que não puderam participar da colheita da prova, com prejuízo evidente a eles", escreveu o advogado.
Obstrução das investigações
Além das investigações por organização criminosa enviadas a Moro, Fachin enviou à Justiça Federal no Distrito Federal a parte de denúncia pelo crime de obstrução de Justiça que envolve Joesley Batista, Ricardo Saud, Lúcio Funaro, Roberta Funaro, Eduardo Cunha e Rodrigo Rocha Loures.
Eles foram denunciados, junto com Michel Temer, de participar de um esquema para comprar o silêncio de Funaro, evitando que o operador financeiro fechasse um acordo de delação premiada. O pedido da defesa de Temer para que Fachin repense o desmembramento das investigações não menciona este caso.
Outras notícias

Samuel Jr. fala em “ditadura do Judiciário” após prisão domiciliar de Bolsonaro e cobra reação da sociedade
07 de Agosto de 2025

Tainara Ferreira comenta ataques a Lucas Pizane e critica silenciamento de homens vítimas de assédio
07 de Agosto de 2025Coautora do livro 'O Futuro das Novas Masculinidades', especialista explicou em vídeo sobre os impactos desses atos na sociedade, independente do gênero.

Centro de Saúde em Salvador realiza ações educativas sobre hepatites e câncer de cabeça e pescoço
07 de Agosto de 2025

Transalvador altera trânsito no Pelourinho para realização da Flipelô
06 de Agosto de 2025

“Cantinho da Amamentação” é inaugurado na Unidade Saúde da Família (USF) São Marcos
06 de Agosto de 2025

Do amor à indecisão 09 de Março de 2018

TSE mantém multa contra campanha de Bolsonaro por fake news 21 de Junho de 2023

Advogado de Lula pede que juiz reconsidere acesso a sistema da Odebrecht 05 de Setembro de 2019

Especialista defende secretário de Cultura de Salvador e questiona fãs de Claudia Leitte sobre postura racista 18 de Dezembro de 2024
