Rombo no orçamento da Assembleia Legislativa pode chegar a R$ 17 milhões

FOTO: BOCÃO NEWS
Quando se gasta mais do que arrecada, o resultado não é outro: o orçamento estoura. O drama da falta de controle dos gastos é vivido atualmente pela Assembleia Legislativa da Bahia (Alba). Para fechar as contas sem se preocupar com as sanções do Tribunal de Contas do Estado (TCE), a presidência da Casa diz depender de um repasse extra do Executivo de R$ 17 milhões.
Ao A Tarde, o presidente da Alba, Marcelo Nilo (sem partido), diz que o valor é 50% menor do que foi acertado com o governo em dezembro do ano passado. O problema é que, com a crise econômica e, consequentemente, a queda na arrecadação, inclusive com uma possível penalização aos servidores públicos, o governador Rui Costa (PT) já tinha comunicado que não poderia conceder suplementação orçamentária à Alba este ano.
Desde janeiro a agosto deste ano, o governo já repassou 460,1 milhões para o Poder Legislativo da Bahia. Do montante, R$ 246 milhões foram repassados para a Alba, o que dá uma média de R$ 31 milhões mensais. O restante foi enviado aos Tribunais de Contas do Estado (TCE), e dos Municípios (TCM). O orçamento aprovado no final do ano passado prevê repasses de R$ 453 milhões para Assembleia Legislativa.
O chefe do Legislativo diz que reduziu despesas. Mas, em abril último, por exemplo, concedeu um reajuste de 18% das verbas de gabinete dos deputados estaduais, que passaram de R$ 78 mil para R$ 92 mil por mês. O aumento acrescentou ao orçamento mensal do Legislativo pouco mais de R$ 880 mil. Contados desde o início da vigência do reajuste, multiplicado pelos 63 parlamentares, o gasto nesses últimos dez meses é de R$ 8,8 milhões, dinheiro que o próprio Nilo informou que teria como arcar só até este mês de agosto. No ano, o reajuste da verba de gabinete, utilizada para pagar salários de assessores parlamentares, o valor ultrapassa a cifra dos R$ 10,5 milhões.
Outro exemplo do descontrole dos gastos públicos foi a homologação, em setembro, de um contrato de R$ 3,6 milhões com uma agência de publicidade. De acordo com dados do site Transparência Bahia, a Casa mantém o mesmo contrato com a empresa Engenhonovo Comunicação desde 2013. Nesse ano de 2015, entre janeiro e esse início de outubro, foi repassado R$ 1,6 milhão, fatia maior do que a paga pela Alba no ano passado que foi de R$ 1,5 milhão. Em 2013, ano que foi firmado o primeiro contrato entre a Alba e a empresa de comunicação, a prestação de serviço ficou na casa de R$ 2,7 milhões. Portanto, desde que começou a parceria entre contratante e contratada, o maior dispêndio acontece no momento de crise econômica e que o governo faz apelos por contenção de despesas. “Todo ano faço a licitação. Isso é para pagar sites, rádios, jornais, entre outros”, justificou Nilo.
Outras notícias
Comércio terá mudanças viárias durante a Festa de Nossa Senhora da Conceição da Praia
05 de Dezembro de 2025
Prefeitura inicia projeto de fortalecimento da Atenção Primária em parceria com o IEPS e instituições nacionais
05 de Dezembro de 2025
Muniz diz que Cine Excelsior ainda pode ser recuperado para nova sede da Câmara de Salvador
05 de Dezembro de 2025
Natal no Centro Histórico terá esquema de segurança reforçado com reconhecimento facial, revistas e monitoramento
05 de Dezembro de 2025
Otto Filho já tem maioria assegurada para ocupar vaga no TCE-BA
05 de Dezembro de 2025
Do amor à indecisão 09 de Março de 2018
TSE mantém multa contra campanha de Bolsonaro por fake news 21 de Junho de 2023
Advogado de Lula pede que juiz reconsidere acesso a sistema da Odebrecht 05 de Setembro de 2019
Guns N’ Roses inicia venda de ingressos para show em Salvador; confira valores 03 de Dezembro de 2025