MP ordena que Corregedoria da polícia investigue conduta de delegado que ouviu vítima de estupro
O Ministério Público do Rio de Janeiro ordenou nesta quarta-feira (1º) que a Corregedoria da Polícia Civil abra um inquérito para investigar a conduta do delegado Alessandro Thiers. O titular da DRCI investigou por três dias o caso de estupro coletivo contra uma adolescente de 16 anos que aconteceu na zona oeste do Rio de Janeiro.
Ele deverá ser investigado por "submeter criança ou adolescente sob sua autoridade, guarda ou vigilância a vexame ou a constrangimento", conforme diz o artigo 232 do Estatudo da Criança e do Adolescente.
Após denúncia da então advogada da vítima, Eloisa Samy Santiago, e campanhas em redes sociais, Thiers foi afastado do caso por “preservação, inclusive dele”, segundo o chefe da Polícia Civil, Fernando Veloso. A delegada Cristiana Bento, titular da DCAV (Delegacia da Criança e Adolescente Vítima) assumiu as investigações.
Eloisa denunciou que o titular da DRCI coagiu a vítima durante o depoimento na sexta-feira (27), questionando se ela tinha hábito de praticar sexo em grupo ou já tinha trabalhado para traficantes do morro da Barão, local do crime.
A adolescente reclamou da condução das investigações em entrevista ao Domingo Espetacular deste domingo (29). A jovem de 16 anos disse que foi constrangida e se sentiu desrespeitada na delegacia durante os depoimentos que prestou.
— Foi horrível [prestar depoimentos]. Eles me culparam por uma coisa que eu não fiz. Perguntaram o que eu estava fazendo lá, falaram que eu estava lá porque eu tinha envolvimento, se eu já tinha feito sexo grupal. [o delegado estava] Querendo me botar de culpada de todas as formas. Falei que não ia mais responder, que não era obrigada a responder.
No documento expedido nesta quarta, o promotor do MPRJ Homero das Neves Freitas Filho, titular da 23ª Promotoria de Investigação Penal, relembra que a conduta de Thiers foi noticiada pela imprensa e diz ser “imperioso apurar os fatos”. Também deverão ser ouvidos os policiais que atuaram na investigação do caso, a mãe da adolescente e a advogada Eloisa Samy Santiago.
A deputada Martha Rocha (PDT), ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro, também se posicionou contra as declarações do delegado. Ela diz acreditar que falas do agente publicadas na imprensa "criminalizam e culpabilizam" a vítima.
Fonte: R7
Outras notícias
Prefeitura reforça manutenção periódica do paisagismo e arborização na cidade
09 de Dezembro de 2025
Leo Prates apresenta ações do mandato em encontro aberto no Centro de Cultura da Câmara de Salvador
09 de Dezembro de 2025
Museu do Recôncavo Wanderley Pinho reabre as portas com nova proposta para contar histórias afro-indígenas
09 de Dezembro de 2025
CNH mais barata e sem aula obrigatória: governo inicia consulta para flexibilizar habilitação
09 de Dezembro de 2025
Simm oferece 379 vagas para esta terça-feira (9)
09 de Dezembro de 2025
Do amor à indecisão 09 de Março de 2018
TSE mantém multa contra campanha de Bolsonaro por fake news 21 de Junho de 2023
Advogado de Lula pede que juiz reconsidere acesso a sistema da Odebrecht 05 de Setembro de 2019
Guns N’ Roses inicia venda de ingressos para show em Salvador; confira valores 03 de Dezembro de 2025