Problemas de infraestrutura e segurança afetam Biblioteca dos Barris

Nos três andares e no piso térreo da Biblioteca Pública do Estado da Bahia – a famosa Biblioteca dos Barris, bicentenária, mais antiga da América Latina – são guardadas mais de 600 mil obras, sendo 150 mil livros – mais de 60 mil exemplares raros. Por mês, segundo dados da Fundação Pedro Calmon,  que administra o espaço, circulam por lá 5 mil pessoas. Porém, esses frequentadores têm que conviver com os problemas de infraestrutura do espaço, como o ar-condicionado quebrado e sem previsão de reparo, e um outro mais recente: a falta de segurança. 

É que os vigilantes que trabalham no local cruzaram os braços, na  segunda-feira, por falta de pagamento. Para pesquisadores, a insegurança é uma das causas que têm deixado o local vazio. Na sexta-feira passada, antes mesmo da greve dos seguranças, uma funcionária da biblioteca foi assaltada dentro da unidade. Um homem chegou armado e levou o celular da mulher na entrada do setor de empréstimos, no térreo.

Horário recuado
Desde então, a biblioteca tem fechado às 18h, três horas mais cedo do que o habitual. “O funcionamento aqui é de segunda a sexta, das 8h30 às 21h, e sábado de 8h30 às 12h, mas esses dias estamos fechando às 18h por conta dessa questão da segurança”, disse um funcionário, que não quis se identificar.

“Tentativa de assalto já aconteceu antes, mas assalto assim, a mão armada,  acho que é a primeira vez”, informou o pesquisador Eduardo Catemberg, 49 anos. Há três meses, ele frequenta a biblioteca diariamente por conta da pesquisa para o doutorado em Educação. No dia do assalto, Eduardo pesquisava no primeiro andar da biblioteca, setor de Periódicos. “Quando falaram do assalto, eu corri e segurei as minhas coisas”, disse. Sem a segurança no local, ele teme que os assaltantes voltem.

Esta é a segunda vez que os funcionários da segurança da Biblioteca dos Barris paralisam a atividade em dois meses. Da outra vez, a biblioteca não funcionou durante os 20 dias da greve – de 10 a 30 de junho. Os servidores só voltaram ao trabalho dia 30, depois que a Secretaria de Cultura do Estado (Secult) prometeu pagar os salários atrasados.

Dessa vez, a administração manteve o funcionamento. “Continua sem segurança. A ordem é que abra a biblioteca nessas condições. Também está sem equipe de limpeza, os próprios funcionários têm que recolher o lixo de suas salas, os banheiros estão sujos”, denunciou uma funcionária. O CORREIO tentou ouvir outros servidores, mas eles informaram que a direção orientou que ninguém falasse com a imprensa.

 

Fonte: Correio

 

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